domingo, maio 20, 2007

Dor de cotovelo




O ciúme doí nos cotovelos
Na raiz dos cabelos
Gela a sola dos pés
Faz os músculos ficarem moles
E o estômago vão e sem fome
Dói da flor da pele ao pó do osso
Dói do coccix ate o pescoço
Acende uma luz branca em seu umbigo
Você ama o inimigo
E se torna inimigo do amor
O ciúme dói do leito a margem
Dói pra fora da paisagem
Arde ao sol do fim do dia
Corre pelas veias da ramagem
Atravessa a voz e a melodia

Caetano Veloso

quarta-feira, maio 16, 2007




(...)Quando se é feliz muito novo, a única obsessão que se tem é aguentar a coisa. Vive-se ansiosamente com a desconfiança, quase certeza da coisa piorar. O pior é que as pessoas que se habituaram a serem felizes não sabem sofrer. Sofrem o triplo de quem já sofreu.É injusto mas é assim. No amor é igual. Vive-se à espera dele e, quando finalmente se alcança, vive-se com medo de perdê-lo. E depois de perdê-lo, já não há mais nada para esperar. Continuar é como morrer. As pessoas haviam de encontrar o grande amor das suas vidas só quando fossem velhas. É sempre melhor viver antes da felicidade do que depois dela.
Miguel Esteves Cardoso
P.S.- Obélix, andas a baldar-te....